Para aqueles ainda descrentes na qualidade do vinho elaborado no Brasil, costumo servi-los às cegas. Isso eu faço desde 1984, quando numa reunião entre amigos um Merlot da Granja União com cerca de oito aninhos venceu seus pares do Chile, Espanha e França. Qualquer dia escrevo essa experiência com detalhes.

Aconteceu o mesmo com este Salton Gerações Antonio “Nini” Salton 2011 numa prova com as garrafas sem identificação. Ao lado de outros tintos de calibre, destacou-se pelo conjunto harmonioso e consistente.

Foi produzido com uvas da Serra Gaúcha: Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot e Cabernet Franc, vinificadas separadamente. Após o corte, passou por um estágio de doze meses em barricas novas de carvalho francês, dando origem a treze mil garrafas. Daí o “Edição Limitada” no rótulo.

Lançado há mais de dois anos, ainda pode ser encontrado no comércio. Disponível no site Meu Vinho por R$150.

Existem críticas ao seu preço, mas com uma seleção apurada de uvas, passagem em carvalho novo e a nossa carga tributária, não dá para fazer milagres. Aliás, era o vinho mais barato no grupo em que se destacou.

Conheci o sr. Antonio Salton com idade avançada, quando foi homenageado na VIII Avaliação Nacional de Vinhos de 2000 em Bento Gonçalves. Este tinto foi outra justa homenagem.