Elvio Cogno decidiu nos anos 1950 largar a restauração para trabalhar na vitivinicultura, primeiro como colaborador, depois por conta própria após a aquisição em 1990 da Cascina Nuova, na localidade Ravera. Seu primeiro Barolo em 1991 trazia no rótulo a menção geográfica Ravera, quase vinte anos antes das MGA serem regulamentadas pela legislação. Ainda em 1991 decide utilizar a variedade Nebbiolo de biotipo Rosé para a Vigna Elena, outro vinhedo em Ravera.

Aqui vale uma explicação: existem 4 biotipos de Nebbiolo, com controvérsias: Lampia, Michet, Rosé e Bolla. Os dois primeiros são amplamente utilizados; o Rosé é pouco plantado pela baixa concentração de antocianos, dando um tinto de coloração ainda menos intensa; o último foi abandonado pela sua alta produtividade.

Hoje a administração da vinícola é feita pelo seu genro Valter Fissore e sua filha Nadia Cogno, que já trabalhavam com Elvio há longo tempo.

Dos 16 ha de vinhas, 11 ha deles são no cru Ravera, dispostos em volta da vinícola. Neles se procura a sustentabilidade do trabalho agrícola, não utilizando herbicidas e optando por adubo orgânico. Nesta MGA são feitos quatro Barolo de vinhedo.

A empresa tem agora parceria no Barbaresco, produzindo para aquela DOCG.

Vale ainda destacar uma pequena parcela de Barbera pré-filoxera na MGA Berri, de La Morra, também em parceria.

Na adega, em plano inferior, os vinhos maturam em botti de carvalho da Eslavônia de 1,5 a 5 mil litros.

Cerca de 80% da produção é exportada, divididas igualmente entre Europa, EUA e Ásia/Oceania.

Variedade que parece ter sua origem na comuna de Novello, a branca Nascetta é citada em crônicas da metade do século 19. Uma curiosidade que Elvio Cogno produz há quase trinta anos. Provado o Langhe Nascetta DOC del comune di Novello Anas-Cëtta 2020.

Dos tintos degustados, destaque para o austero e clássico Barolo DOCG Ravera 2018 e o fresco Barbera d’Alba DOC Bricco dei Merli 2020.